sexta-feira, julho 19, 2002


Fui doar sangue pro primo do Zeba hoje. Minha primeira doação, e tenho a impressão de que o pessoal do HEMOBA não vai querer me ver por lá tão cedo.

O mínimo que fiz foi ameaçar um infarto. Para aquela espetadinha no dedo para a contagem da hemoglobina, estava agarrada na mão da minha irmã. Minha veia é torta. A de todo mundo é pra cima, a minha é pra baixo, voltada pra direita. Um show. Atendi o celular quando não devia. Meu braço inchou. O local da picada está roxo. Tive que fazer gelo. Um luxo!

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Pra completar, não podia fumar nas duas horas seguintes, e qualquer um sabe que o fumante PRECISA de um cigarro em situações de estresse. Não bastasse a tensão de doar sangue, ainda assisti ao atropelamento de um motoqueiro.

Berrei pro meu pai parar o carro, desci correndo do carro e fui falar com o motorista. Ele estava coberto de razão. A moto já tinha nos cortado pela direita. Dez metros à frente, cortou esse carro pela direita, e os dois acabaram se chocando.

Perguntei se o motorista estava bem, estava, e quando vi os caras da moto levantando só com os joelhos arranhados, tive vontade de esfregar a cara deles no asfalto, para justificar enfim aquele banzé no velho-oeste. Deixei meu telefone com o cara, que estava meio transtornado, chamei a polícia e me ofereci como testemunha. A SET chegou e fui-me embora, pq ainda tinha coisa pra burro pra fazer.

Dentro do carro eu vim perceber que não estava enxergando nada com o olho direito, estava tudo enevoado. Tenho um problema na córnea, e a cada vez q me estresso, flutua pra frente da pupila uma pelezinha inofensiva que me atrapalha a visão. Não há jeito de tratar essa membrana, eu tenho é que aprender a conviver com isso.

E, meu Deus, onde estavam os meus cigarros nessa hora? Revirei a bolsa, tirei tudo de dentro, finalmente achei! Quando ia colocar um na boca, feliz da vida, meu pai estourou do lado:

— Ah, não, vc sabia que não podia fumar!

Resultado? Guardei o cigarro na bolsa de novo, e fiquei cronometrando o tempo para poder voltar a fumar de novo.


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