quinta-feira, dezembro 04, 2003

Alguém podia avisar ao meu corpo que ele podia ter dormido até as três da tarde? Que não tinha a menor necessidade de me fazer levantar às 7?

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O que mais eu podia pedir?

Beijos e abraços em três dos meus cinco fotógrafos preferidos no mesmo dia. Cascata de fogos de artifício que foram encomendados só pra comemorar o primeiro dia do resto da minha vida. Respeito da minha equipe. Um final de trabalho perfeito. Saudade de quem está longe, mas saudade boa. Cerveja gelada. Poeira de estrada. Trabalhar entre homens. Receber uma proposta para ter filhos de olhos azuis. Duas horas entre céu e mar, de gaiata num dream team, depois de o meu trabalho ter acabado. Luz azul de celular, fazendo de HMI a tiracolo. Promessa de um duelo entre um cafezinho e um "chopps".

Do-in na mão, feito pela gerente-rabugenta-ma-non-troppo da empresa que encomendou o documentário. Dor de cabeça que voa, mão que dói, alma que respira enfim. Olhos que soltam estrelas, estrelas que ganham corações. Olhos outros que foram meus, olhos fixos nas estrelas que cascateavam dos meus olhos; olhos outros que se apaixonaram pelos meus.

Dia em que descobri que amo todos os homens da minha vida. Amantes, amigos, pretendentes, profissionais: homens da minha vida, escolhidos a dedo, a quem dedico amores tão diversos quanto eles são entre si. Dia de acontecer tudo, e de nada acontecer que pudesse tornar fosco o brilho do sol que nos abraçou a todos, mantendo juntos os que a vida — e uma ou outra corrente de vento — insiste em manter a uma distância segura.

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