"OOOOOOOOOOH, eu te amo, meu amor!"
E assim eu entro na sala, com o Tudo de Bom Magal cantando a plenos pulmões. Numa pan invertida (para os não-iniciados: mova a cabeça da direita para a esquerda), a cena:
Meu coordenador de produção em pé no arquivo de metal, passando a mão no corpo de maneira lasciva, rebolando como em dança do ventre e com a outra mão apontando para o trenzinho embaixo.
Embaixo: O editor sério, genro da senhora mais fofa da história, homem recatado, rebolando como um drag queen de filme pornô. Logo atrás, a motorista da van que atende à empresa, uma senhora de cabelos cacheados, encaixada no editor, com o braço estendido pro alto. Fechando o trem, a produtora da casa, que havia soltado os cabelos e sacolejava qual uma cigana encarnada. Encabeçando o trem, locomotiva assumida, o meu maquiador preferido, empurrando a pelve para frente e para trás, num simulacro de sexo com o vento.
"O meu sangue ferve por você!"
Acaba a música, desce o coordenador do arquivo, desengata-se o trem, o som é baixado, tudo volta à normalidade.
Everything but me, que levei bem uns cinco minutos rindo. Juro que ontem eu entendi porque desisti do Direito para abraçar a área de comunicação.
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