sexta-feira, dezembro 26, 2003

Reedição do côro grego particular. Eu sabia que isso não ia dar certo...

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Daniela, vamos combinar umas regrinhas para o bom viver?

Jamais confunda os nomes das pessoas, jamais fique com um achando que ele é outro (eu volto a falar sobre isso), não compre briga na casa do alheio, não se apaixone pelo seu amigo gay, não dê em cima do outro amigo gay quando o paquera dele estiver por perto, pare na segunda dose de gin tônica, só beba whisky enquanto sua pronúncia do dito cujo ainda for passável: quando virar "visqui", é hora de parar. Se virar "uisgui", vá para casa correndo.

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Não foi uma substituição de afetos, um "qualquer corpo passa a ser o seu". Nananinanão. Fiquei com o ser humano sabendo que ele não era A, C., tampouco P. Fiquei com ele. Mas lá pelas tantas, eu já estava confundindo os nomes, o passado, achando que ele tinha sido casado com uma arquiinimiga...

(entra o côro grego)

— Por que, Daniela, por quê?

Porque, cá entre nós, meus pifões (rá, e há quantos anos você não ouve essa palavra: pifão?) de fim de ano já estão quase institucionalizados. Vale lembrar o do ano passado, que deu no que deu. Ou o do ano retrasado, que foi bacana e compreensível. Coloquemos, pois, as coisas assim: é a catarse de um ano duro, como são todos os anos. É quando eu viro o som da festa, é quando eu instalo um verão particular no recinto. É um rito de passagem para o ano novo, é o expurgo de todas as mazelas, é a celebração da vida.

Pffff, eu nunca vi um porre tão bem justificado!

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