quarta-feira, setembro 13, 2006

Caio Fernando Abreu

"Ficamos muito presos em nossos corpos e dói-me saber suas mãos alisando outros braços, seu corpo em outro corpo. Um pouco de saudade deixarei em você. Levarei toda esta sua carga de angústia, esta capacidade de levar a sensibilidade às últimas conseqüências. Dói-me demais saber que um dia você tentará falar com alguém e não encontrará a pessoa certa. Tentará calar perto de alguém, o que nunca é igual ao silêncio perto das coisas. Queria ficar para falar ou calar com você."

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