Não sei o que escrever.

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Bahia Recall. Publicitário é uma raça que gosta de ser afagada. Prêmio para o "Melhor Utilizador de Baldinho do Photoshop", "Revelação no Crop", "Campeão da Aplicação da Logomarca com Overlay".

Fu. Fui porque o atual-dono-do-meu-passe (e quase ex-dono a paz voltou) estava louco pra ir, e o que é a vida senão a arte de flexionar, não é, minha gente? Levei o palm para ler durante a premiação, mas calha que a minha irmã (volto a repetir: todo mundo pergunta do parentesco. Ela é minha cópia, só que mais bonita.) assistiu do meu lado. Bom, junte duas diretoras e um bocado de produções da Tosqueira Filmes. A gente riu sem fim, e passou.

Passou, mas levou duas vidas. Começou tarde, parecia que os publicitários não trabalhavam hoje. ontem. Eu não trabalhava, e pra variar saí varrida da festa. Merda, eu precisava acabar com isso de ser sempre a última.

No mais, a OCP levou mais da metade dos prêmios, o Grand Prix das agências do interior foi JUSTÍSSIMO (que peça linda!), o whisky rolou farto e a comida, escassa.

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No meu jogo, eu detesto mudar as regras no meio da partida. Isso não se faz. Todos os jogadores convidados sabem do que acontece, sabem dos riscos, e sabem que minha vida é uma versão do Poquer Interminável: ninguém entra, ninguém sai. Pelo menos não até o jogo acabar.

Pois é. As regras dos jogos dos outros funcionam do mesmo modo para mim. Eu só entro sabendo, assumo os meus riscos, sei do tamanho do barranco. Se me jogo, é porque eu quis.

O que acontece é que desta vez eu me joguei para uma aventura e cai num precipicio. O princípio da responsabilidade diz que cada decisão deve ser analisada não só com os fatos, mas com os possíveis desdobramentos, para o bem ou para o mal. E EU NÃO AVALIEI.

Merda, não sei onde vai parar a barca que peguei sem saber o destino, não sei se em algum momento vou me jogar no mar para o primeiro bote que passar. Não sei se vou desrespeitar as minhas próprias regras e sair do jogo antes do fim.

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Enquanto isso, vou brincando de ser feliz um pouquinho...