E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu
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Primo cariocandango chegou, e uma pizza foi providenciada para que nos reuníssemos ao redor da mesa, gargalhadas acumuladas neste quase ano desde que nos vimos pela última vez.
Na volta da casa da mamãe, música no ouvido, a tradicional conversa com Aquele que tanto ri da minha cara. Uma pergunta, e uma resposta musicada, com a devida confirmação visual. Eu devo ser a única pessoa que recebe sinais de que as coisas vão melhorar, e ainda assim sente um aperto no coração.
Tem sido mais confortável sofrer pelos outros do que comemorar as minhas boas notícias — que tem sido raríssimas. Mas nem era isso que eu ia dizer.
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E eu, com a cara mais lavada, digo:
— Por que não?
Leoni
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Eu IA falar sobre silêncio, o quanto amo, e a raridade deste item na minha casa. Aí passou um caminhão, e toda a poesia se desfez na esteira da fumaça cinza do escapamento.
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No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito quando o carro passa:
— Teu infinito sou eu!
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Lindo, né? Conta minha mãe que esta de cá chegou no pediatra, aos dois ou três anos, e cantou Paralelas inteira para ele.
Não, não era o prenúncio de uma infância feliz.
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Estou com o coração tão amassado hoje que parece um resto mal sucedido de origami.
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GVT há dois dias com uma conexão digna da época do modem de 9600 kb. Bela merda, viu?
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A saga do apartamento continua. *suspiro*
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No Corcovado, quem abre os braços sou eu!
Copacabana, esta semana, o mar sou eu!
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