segunda-feira, janeiro 19, 2004

A água batia no teto de zinco — frio — e tentava servir de fundo musical para os meus dias sem sol. A cama me proporcionou o único abraço que eu jamais quis ao longo desses longos dois diasanos, e mergulhei no sono de gotas de chuva.

Sumi. Sumi para os meus amigos, sumi para a minha família, sumi para mim mesma. Enfurnada que estava num inferno particular, fui buscar refúgio no reino de Morpheus. Escondi minha vigília e dormi como se estivesse fugindo dos demônios. De fato.

Fugi do inferno, que fica em algum lugar entre o lado direito e o lado esquerdo do cérebro. Do meu cérebro.

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