segunda-feira, outubro 21, 2002

Está difícil sem ele.

Yara, mulher do Juca Chaves, se tornou meu ícone quando deu uma entrevista para uma revista qualquer dizendo que certa feita conversava com o Juca por telefone, ela na Bahia, ele no Rio. Ele desligou dizendo que estava tarde e ela precisava ir dormir. Dez minutos depois, ele recebe um fax dela dizendo:

— Não consigo dormir pq uma metade não fica sem a outra.

Acabei que virei fã daquela mulher, a conheci pessoalmente, conheci o tal aparelho de fax por onde ela fez a mais linda declaração de amor que já vi.

Mas é assim que me sinto. Ontem tentei racionalizar o que era a minha relação com Ele. Pesei rapidamente, num dos poucos momentos de lucidez que consigo, sobre o que ele era realmente. Infiel, não fez faculdade, não entende minhas piadinhas sutis. Esse conjunto de caracteristicas seriam suficientes para derrubar qualquer "pretê". Mas não são suficientes nem para arranhá-lo.

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Acho que amar é sinônimo de admirar. Quanto mais se admira, mais se ama. Admira-se desde o cabelo até a competência profissional, passando pelo empenho espiritual, pela afinidade com crianças, pela receita de jujubas douradas, POR QUALQUER MOTIVO. Sem admiração não existe amor. E é assim: quando os defeitos passam a pesar mais que as qualidades, quando a lista de admiração diminui, o amor reduz/acaba. E eu admiro esse homem de uma maneira quase estúpida, burra. Eu admiro seus antecedentes, sua vida profissional, sua calma, sua mansidão, seu modo doce de conseguir as coisas... E acho que é o tipo de admiração que nunca vai passar, pq ele nunca vai deixar de ser o homem que é

É tão louco sentir isso tudo, mas ele me completa. Sem a minha metade não aquieto, não sossego o coração.

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Final de semana exemplar. Mais um desses, comendo desse jeito, e eu vou ter que pedir a saia da minha irmã emprestada para emendar na minha... Mas valeu cada minuto. Destaque para a caruara de fome no caminho para Itapoan no domingo de manhã...

— Rê, eu estou com fome!
— Ah, menina, quando chegar lá vc come alguma coisinha...
— Rê, é muita fome!
— Mas lá...
— Rê, EU ESTOU TREMENDO DE FOME!

Só comi lá, mesmo. Pouca coisa eu me lembro depois de ter sentido os braços formigarem e ficarem dormentes...

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