quarta-feira, outubro 23, 2002

Sobre clones sem créditos

Eu adoro quando as pessoas gostam do que escrevo. Adoro quando as pessoas copiam trechinhos dos meus textos para usar em outros blogs. A Rê Ticências tem um texto lindo chamada Teoria das Garrafas que fala sobre isso.

Eu sou campeã do mundo em copiar trechinhos de posts dos outros. Mas eu credito absolutamente todos! Eu nunca roubei um post sequer que não tenha apertado o botão do hyperlink e colocado lá o endereço da fonte. Mesmo quando roubo citações eu indico de onde foi. Não roubo descaradamente e uso como se fosse meu. O respeito à criação do alheio é uma coisa séria, que ou a gente aprende no berço ou nada feito.

Pq todo esse desabafo? Pq estava com ele no icq, e acabamos conversando sobre usar os textos dos outros. Bom. Ele me mandou um link de uma pessoa que tinha usado um texto dele e linkado. Ainda disse pra ele que era o reconhecimento do esforço, do trabalho bem feito, achei bacana pra caramba. Fui lá ver.

Qual não é a minha surpresa quando vejo uns 5 textos meus ligeiramente adaptados (ligeiramente significa mudar o nome apenas) e assinados pela tal. ASSINADOS, como se ela tivesse acendido um cigarro, recostado na cadeira e escrito cada linha daquilo. Eu trabalho, ela é quem fica vermelhinha?

Não, não vou linkar pra não virar festa. Vou deixar pra lá. Pela quantidade de textos meus roubados, ela deve ser a minha visitante número 1. Não deixa de ser lisonjeiro. Eu comecei o post dizendo que gosto quando as pessoas apreciam meus textos. E gosto mesmo. Pode continuar a usar, minha amiga "Grife de Camiseta". Se gosta tanto, se me acha tão genial, deixa os dedos acharem o caminho crlt+c, crlt+v. Mas não esquece de colocar uma referência.

Nem precisa colocar links. Escrevo para quem, por algum motivo, se interessa pelo que eu escrevo, pela minha vida. Não tenho a menor pretensão de virar estrelinha do mundo virtual. Não tenho tempo, não tenho talento, meu blog não tem o charme necessário para isso. Não escrevo para agradar a ninguém, senão a mim mesma. Não faço questão das 23.000 visitas que em teoria minha "sócia" tem. Mesmo pq eu acredito em counters adulterados... Os links que tenho em outros sites são de pessoas selecionadas, pessoas que tem afinidades comigo. Não faço questão do seu link pq seu modus operandi é completamente oposto ao meu.

Então ficamos combinadas assim: você pode continuar clonando tudinho, mas coloca meu nominho embaixo, tá?

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By the way: desista dos vibradores para a sua sobrinha atormentar os cachorros. Aposte no curso de francês para que a sua sobrinha possa mesmo encontrar um francês fofo e gentil... E a cópia de "Relatos Febris" ficou absolutamente sem sentido. Ninguém entende pq não é pornografia se vc não coloca o nominho nem contextualiza.

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Eu sou meio low profile. Nunca fiz um spam do meu blog, e meus amigos sabem disso. Nunca fiz propaganda sobre o que escrevo, apesar de ganhar parte da vida fazendo isso: escrevendo. Faço freelas de roteiros, tenho alguns institucionais maravilhosos, sem falsa modéstia. Já fiz muito texto para off de televisão, já fiz muito texto para comerciais.

Sou muito vaidosa quando o assunto é "textos profissionais". Mas no meu blog... O meu blog é um exercício mais de autoconhecimento, mais de registro, do que uma tentativa de literatura. Tenho, sim, algumas coisas mais elaboradas, mas pq foram escritas em momentos inspirados.

Não escrevo para ganhar o Pulitzer. Escrevo para manter um registro. Escrevo pq adoro escrever, pq é a minha cachaça. Se alguém não gosta, não volte. É simples. Eu nunca convidei ninguém (minto, convidei meu Valete preferido, mas se ele não viesse, acabava tudo entre nós...) para visitar este blog que vos fala. Veio quem quis, voltou quem gostou.

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