terça-feira, dezembro 31, 2002

Eu nunca mais bebo.

A minha impressão é a de que tenho uma colher de sopa enfiada em cada órbita dos olhos. A cabeça dói de uma maneira surreal, e eu nem bebi tanto. Foram só 5 drinquinhos... A bem da verdade, as duas primeiras caipirinhas não contam. Pequenininhas e com adoçante.

Jesus, mas o coquetel de martini com vodka que veio a seguir... Bom, o resultado é uma enxaqueca do tamanho do mundo, uma fome absurda e as notícias de um amor do passado, que nem casado está. Ainda guardo um vestígio de ressaca moral, que dói mais que a física.

A mão estapeia a testa a cada vez que me lembro do que fiz. Burra, devassa, messalina, desfrutável, mundana. Vou comer um biscoitinho de benjoim, mirra e incenso só pra me punir. Vou ouvir músicas do Nahim (alguém lembra do Nahim?) e do Marquinhos Moura, vou fazer piercing na língua, montar fã-clube para o Rouge, tatuar o Latino na perna, dançar a Ragatanga. E nada, nada disso vai me purificar, nada disso vai me fazer esquecer, nada disso vai me tirar o título de "Faz-Merdinha".

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Esses itens de autoflagelo podem não dar certo, mas ouvir o CD da Kelly Key que o vizinho comprou pode funcionar. Ouvir Cachorrinho INITERRUPTAMENTE é quase "uma psicotrôpica". E o pior é descobrir que tem outras músicas no CD...

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Se no inferno tem rádio, tenho certeza de que o hit parade é Jorge Vercilo. Cortesia do meu vizinho querido. Estou quase com saudades do CD da Kelly Key...

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F. está solteiro e sem filhos!!! A pergunta que não quer calar é: quem raios eram aquela mulher e aquelas crianças que estavam com ele na doceria? Mas ele está solteiro, free as a bird.

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Ressaca também bagunça o meu termostato. Estou com um frio absurdo. Vou pro chuveiro quente cozinhar os ossos.

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É de boa educação, né? Então vá lá:

FELIZ ANO NOVO, MINHA TROPA!



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