sábado, dezembro 21, 2002

Um misto de dor física e dor emocional me deram a noite de sono mais longa dos últimos dez anos.

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A dor física danificou meu lado direito do rosto: cabeça, dentes, olhos. Hoje estou quase viva, novamente, mas por instantes achei que ia jogar ping pong com as bolinhas dos olhos, de tanto que elas estavam sendo pressionadas para fora. Uma amostra do que o bruxismo pode fazer por mim...

Era pra ser uma noite de risadas, de cumplicidade, de lua alta, de caminhos a serem (re)descobertos. Noite para comemorar os resultados que a quinta-feira de pleniluni trouxeram, para aproveitar a lua em cancer, para rir dos infortúnios da semana que passou e nos fortalecer para os da próxima.

Mas acabei encontrando refúgio no sono. Sono inquieto, suado, dolorido. Sono nada reparador, mas sono-fuga. Fuga dos dias desleais, dos dias em que eu assimilei mais pancadas do que o meu corpo — e o meu espírito — podiam receber.

Dormi das seis e meia da tarde de ontem até as nove e meia da manhã de hoje. Sem sonhos, sem a tranquilidade necessária para abrir os olhos e descobrir o mundo sem dor.

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