domingo, março 14, 2004

Nesses dias de chuva em que fui deixada, a raiva some e eu só torço para os meus chegarem bem em casa.

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Um caso de repostagem
(porque o blog é meu e eu faço o que eu quiser)

Ela tinha um sol guardado na gaveta. O sol era dela, só dela, e nunca que ela lembrava de onde ele tinha aparecido. Ela se lembra de um dia abrir a gaveta e dar com ele ali. Natural como achar uma traça.

Era um sol quentinho, e quantas vezes ela teve o seu verão particular só de chegar perto do solzinho? Solzinho e sozinha, eles não faziam um par lindo?

Um dia ela se apaixonou. Ela já não era mais sozinha. O solzinho enciumou. E apagou. Explodiu. Virou supernova de repente e sumiu.

Quando ela abriu a gaveta novamente, só encontrou restos de um meteoro ainda fumegando. E apaixonada que estava, esqueceu que tivera um sol certa feita. Natural como achar uma traça, e espaná-la, ela varreu para longe os restos de um amor. Ela nunca soube de onde tinha vindo aquele meteoro.

O solzinho, coitado, morreu para nada.

Ela viveu feliz pra sempre.

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04:30. Da madrugada. Toca o telefone do computador. Chamada a cobrar. "Para aceitar, continue na linha após a identificação". Eu continuei, e não houve identificação. Só uma música brega, algo como "não posso viver sem vocêeeeeeee".

Não vejo a hora desta conta chegar para saber quem foi o insano apaixonado das madrugadas...

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Magoada. Absolutamente magoada. Obrigada, você conseguiu.

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