terça-feira, novembro 18, 2003

E tudo o que eu queria era carinho, era um beijo que não veio — novamente por causa da logística —, era um abraço mais apertado do que eu tive. Tudo o que eu queria era ter alguém para quem voltar, era ter para quem ligar quando disse que "essa foi a gota d'água" e disse que estava me desligando da equipe. Ninguém aceitou a minha demissão, mas e daí?, eu não tinha pra quem contar, mesmo.

Eu queria não estar aqui, queria estar correndo com um vento morno ao meu lado, vestido solto, asas nos pés e não no pensamento. Queria que amanhã fosse 15 dias atrás, e que depois de amanhã fosse 20 de dezembro. E que soprasse um vento e desarrumasse os dias do calendário.

Queria alguém esquentando o outro lado da minha cama, alguém que me esperasse sair do banho com um livro, aproveitando o meu abajur, para depois desembaraçar os meus cabelos e me abraçar. Queria que aquele beijo tivesse sido, queria não só lembrar a maneira como os dedos percorreram a minha orelha, mas sentir novamente. Queria o abraço daquela noite, as mãos nas minhas, a minha cabeça no seu ombro, com uma aura de gin e bourbon em torno de nós. Queria novamente sabê-lo pelos arredores.

Queria acreditar que não me apaixonei.

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Sim, pedi desligamento da equipe, e não, ninguém aceitou. Nesta bundinha que mamãe passou pomada Johnson, ninguém enfia com areia!

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De BBBahia para Conquistadores do Fim do Mundo, passando pela Ilha da Sedução e a Casa dos Artistas: o meu roteirista está escrevendo os meus episódios de uma casa de custódia para doentes mentais...

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Eu precisava estar dormindo, e não aqui, com a cabeça tão longe, imaginando o que ele poderia estar fazendo agora....

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