terça-feira, janeiro 29, 2008

Atenção, associado!

Prezado usuário de Win2000, IP 200.254.0.#, visitante da hora do almoço, que chegou pelo Orkut, e cujo outclick foi pelo Fotolog da K.: favor identificar-se nos comments abaixo.

Por nada não. Só porque acho que sei quem é você.

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Aliás, prezado Leitor de SP, link Telesp, que passa horas diárias aqui, por favor, revele-se. Sou gentil nos anos bissextos...

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Dois dias sem lentes de contato, dois dias e algumas horas de aflição, dor de cabeça e algum mau humor. Finalmente resolvi o problema dos exames de vista, fiz todos os complicados, testei 4 pares de lentes, escolhi uma e fim.

Mais uma temporada afastada do transplante de córnea.

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Chegaram meus amigos queridos! Pessoas especiais, amigos de uma guerra particular, amigos de abraços — e telefonemas — nas horas de maior perrengue, de muito sofrimento.

Amigos feitos em situação de crise tendem a se tornarem grandes amigos. Se você pode contar com uma pessoa num momento ruim, nos momentos bons ela será decerto sua melhor companheira.

E é isso. Tenho quase um mês dessas alminhas companheiras caminhando por aqui, fazendo felizes esses meus dias ligeiramente cinzentos, baços. Dias sem paciência de serem dias.

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Amarga como angostura, fui deitar cedo ontem, atracada com o livro, impossibilitada de ir encontrar os meus recém-chegados.

Cochilei, acordei, li, vi emails, cochilei de novo, li mais um tanto, e nisso fui. Começou às 22:40. Celular toca, número privado. Ah, vá! Ah, vá mesmo! Número privado depois do horário corporativo é encrenca, e tudo o que não preciso agora é de problemas. Ligou duas, três vezes, desistiu. OK. Dormitei de novo.

23:20. Toca o telefone. G.

— Dani, tô alugando meu apartamento, se souber de alguém... — e aí me deu a ficha do apartamento, valores, e tudo o mais. Repito: quase 11 e meia da noite.

OK, OK, agora vou até a cozinha beber água. Voltei, me ajeitei de novo na cama... e meia-noite e nove, entra mensagem de texto:

"Queremos sim sua mão amiga e competente no clip do cascadura"

Ou seja: negócios after midnight!

Como esse assunto muitíssimo me interessava (sim, a Cascadura grava um clip amanhã à noite no Irish Pub da Barra. Sim, meus amigos dirigem. Sim, fui convocada ao quartel. Sim, estou feliz demais.), sentei na cama, e até quase uma da manhã troquei mensagens com esse amigo, não combinando detalhes, mas tirando dúvidas.

Levei pelo menos mais uma hora e tanto para baixar a adrenalina e conseguir conciliar o sono de novo. Pergunto: custa alguma coisa as pessoas fazerem negócios em horários cristãos? Desde sempre foi assim, desde que me entendo como feliz proprietária de um celular (e lá se vão 11 anos), os meus amigos têm liberdade para me ligarem quando bem entenderem.

Mas business after midnight? Sério?

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Eu tentei. Juro. Tentei com afinco, sorri de volta, marquei pista. Mas não dá. Não adianta nem tentar ficar com outro alguém, pelo menos não enquanto ele for o soberano das minhas idéias. Não enquanto for o braço dele que eu sinto na minha cintura, não enquanto for o cheiro dele que me desperta de madrugada, lembrança de um sonho bom. Não enquanto for seu telefonema que espero dia após dia, não enquanto for a ele que quero pertencer. A ele, e somente a ele — o que não é novidade, dada a minha notória incompetência para trair.

Por quanto tempo, jamais saberemos. Uma semana, um mês, um ano, um dia, uma vida. Mas é a ele que quero, é a ele que ainda ofereço a exclusividade, é com ele que quero passar minhas sextas-feiras, as longas e preguiçosas tardes de domingo, as quintas e as terças. É para ele que quero ligar quando a vaca for pro brejo, quando tudo der certo, quando fechar aqueles contratos sensacionais que volta e meia fecho.

Ele não quer, claro. O que eu não realizava, e mais uma tarde em estado semi-meditativo me mostrou, é que não adianta querer sozinha, mas que também não adianta tapar buraco com outro. Outro que não esqueça os óculos na minha bolsa. Outro que não faça a melhor Cuba Libre do mundo. Não adianta nada ter outro que não seja ele.

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Se o assunto passou por meditação...

Uma semana meditando uma hora e meia de manhã, 40 minutos à noite, e alguns pequenos episódios durante o dia, me fizeram ter vontade de estabelecer paz com um pessoa que não frequenta minha vida, mas frequenta meu blog.

Moça, paz. Eu não quero invadir seu espaço, esconda as garras. Seja feliz, de coração.

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Preciso desinstalar esse dispositivo de autodestruição que veio comigo de fábrica.

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Último Segundo

Meus cabelos framboesa ficaram SENSACIONAIS! Gotas de luxo caíram do céu! Doida para exibir novas madeixas cor de uva por aí. Deixa a sexta chegar, deixa o show da Cascadura vir...

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