terça-feira, janeiro 22, 2008

Independência




Tenho pensado muito naquele apartamento que ele me mostrou, entre Amaralina e Pituba. Muito mesmo.

Ele vai ser meu.

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Tinha umas certezas de madrugada, mas elas foram esmaecendo, como o negro da noite é diluído pelo rosa da manhã.

Não sobrou nada.

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Tenho dois oftalmologistas marcados para a terça-feira. Alguém consegue medir o quão estranho meu humor vai estar nos dois dias anteriores aos exames, sem as lentes de contato?

Por que dois oftalmologistas? Porque tenho os olhinhos podres, ora. Tenho uma bateria de exames com ambos, e quem pagar mais, leva.

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Esquizofrenia alheia é uma coisa que me dá medo. Muito medo. Nesse caso em espefífico, a esquizofrenia do outro, além do medo, me dá frio na barriga, me deixa as mãos geladas e um sorriso meio bobo no rosto.

Só tenho medo de me acostumar demais com esse tipo de vida — porque, de uma maneira ou de outra, eu fico feliz com esses momentos —, e começar a achar que essa é a maneira correta de se viver. E não é. Não sei qual o certo, mas isso não é mesmo.

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