sexta-feira, janeiro 13, 2006

Por um motivo que não vem ao caso, e vale lembrar que não é por causa do rinoceronte de quatro dentes, fui procurar informações sobre autismo.

O assunto está tão à flor da pele, e tão entranhado ao mesmo tempo, que eu quase cheguei às lágrimas com a intro.

Veja isso.

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A gente se queixa dos homens, mas...

Doze pessoas em volta de uma mesa. Onze mulheres e um homem. Um engradado de cerveja em volta. Já falamos mal da chefe, do futebol, do trabalho, do garçom. Falamos de homens, mas não tanto quanto os homens imaginam. Falamos de homens genéricos, homens que gostaríamos de pegar (pegar, mesmo, esse é um dos termos que a gente usa. Os outros são piores). Falamos de sexo. Muito, e com termos que te encabularia, Fiel Shaggareader do sexo masculino.

Contamos vantagem, quem fez sexo recentemente, quem não fez (não, não mentimos sobre isso.). Comentamos sim, sobre tamanhos e calibres, mas esqueçam: mulher não gosta de homens sexualmente enormes, se me entende. Dói, incomoda, tem que saber usar e nem todos sabem. Óbvio que uma ou outra gostam, sim, e se divertem horrores com os 23 cm de um e outro. E fazemos propaganda. Ah, decidimos na mesa do bar quem vai trocar de par com quem, quem vai beijar o "ficante" da outra.

— Pega mesmo, que ele é muito bom!
— Baixinho, mais uma cerveja, e traz a grade pra guardar essa montoeira de garrafas!
— Pô, o cara é o meu número! Você vai pegar ou quem pega sou eu?


E por aí a noite vai, até a hora em que a primeira levanta, ajeita a bolsa e diz que vai embora porque o "Federal" está na ronda. Sim, nós também temos apelidos infâmes para os nossos homens.

— A conta e a saideira!
— A conta e a de-já-ir!


E lá vamos nós, noitada de lua cheia, planos para o sábado, ai, que delícia conversar com vocês. E no bar, os expurgos que, vistos de longe, pertencem a uma mesa de homens: cinzeiros cheios de restos de cigarros fortes, um engradado de cerveja fechado, cadeiras meio desarrumadas, mesa molhada, restos melancólicos de amendoim e ecos de risadas e obscenidades ditas.

A gente reclama, mas programa de mulher, agora é igualzinho ao dos homens.

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Estou com o caboclo realizador, hoje.

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