sábado, dezembro 31, 2005

E como eu não tenho nada pra fazer...

Num paseio durante a tarde, ouvi um CD meu, perdido há 18 meses e 11 contos de réis, e redescobri uma música breguinha, cujo refrão o Mexicano me mandou em forma de torpedo pro celular.

"Te quero
O mundo
Fica perfeito
Contigo"


Sem dúvida, a coisa mais linda, intensa e verdadeira que já passou pelo finado 99.

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Mais um ponto para o Pará

Não fosse o estado exportador de matéria-prima masculina de primeira qualidade — óbvio que MT e MS já nem contam mais. O que sair de lá é lucro! —, eles ainda deram à luz a banda Calypso.

Não, não é sacanagem. Não é o que eu ouço, não tenho nem um MP3zinho deles, mas os caras ouviram de uma gravadora que seria melhor omitir o fato de serem do norte. Não só não toparam como gravam, em todos os zilhares de CDs, uma vinheta dizendo que vêm direto de Belém do Pará. É quase como pedir ao Caetano pra não dizer que é de Santo Amaro.

Estouraram, têm dinheiro caindo do bolso, e continuam paraenses. Eles e o meu pai.

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É uma merda. Passo metade do tempo jurando que estou curada dessa mania de televisão. Aí dou um bordejo rápido no Farol da barra, enquanto TVs afinam câmeras, montam links, e bandas passam o som.

Na boa, eu AMO esse burburinho, essa suave agonia pré-ao vivo, o alívio que dá quando a contagem pra entrar no ar chega no zero e deu tudo bem. Saudade do caralho de ter assistente que esquece que Reveillon é a noite, e esquece a luz. Saudade de correr até o caminhão da TV para pegar um cinto de baterias porque a luz chegou com uma hora de atraso, mas sem fonte de energia.

E a saudade do backstage dos shows? Aquela correria dos 10 minutos antes de subir ao palco? E nunca saber quais são as três primeiras músicas do show, porque a única coisa que se ouve é o próprio coração?

É uma merda, mesmo, reconhecer os repórteres da emissora onde quase morei, os colegas de trabalho, cinegrafistas, técnicos, engenheiros, e não poder, pelo décimo ano consecutivo, fazer queixa por estar perdendo um Reveillon.

Como se os últimos quatro ano tivessem sido muito produtivos em matéria de festas da virada.

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Estou falante, né?

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