terça-feira, novembro 05, 2002

Demovida irrevogavelmente da idéia do piercieng... sabe como é, aquela coisa meio bovina...

*um sorrisinho de canto de boca*

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Admito: opiniões de pessoas-chave contam pra caramba. Influenciável? Sem vontade própria? Sim, e daí?

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Jantar com Luna, Jaga, Felipe e Perazzo. Deuses, um encontro de produtores, diretores de fotografia, diretores de elenco... Nunca, nunca nesta terra ia sair coisa que se aproveitasse! O que era pra ser uma reunião do "Deu$ também é neoliberal" acabou num grande evento agregatício, com risadas, troca de informações sobre profissionais que vamos ter que engolir uma hora ou outra, macetes... Ou seja: uma reunião de produção.

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"O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade
Por esta noite

Porque está amanhecendo?
Peço o contrário ver o sol se pôr
Porque está amanhecendo?"


Relicário

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E mais uma vez eu estou vendo o dia seguinte se rascunhando, e eu nem apresentei as contas a pagar do dia que acabou. Dívida nenhuma, aliás: eu consegui fechar a balança em superávit! Dia mediano, mas que noite... Noite de conversas, de risos, de cumplicidade, de trocas, de algumas confissões — algumas arrancadas, outras que vieram fáceis como a vida.

Noite feita para se criar: criar o esboço de DTEN, criar novas concepções, novos parâmetros para continuar, criar uma nova ordem de produção, criar um croqui do que a vida vai ser, criar diretrizes, criar uma maneira de ser mais feliz. "Por um segundo mais feliz".

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E é nessas noites que consigo me sentir forte. É nessas noites que vejo que sozinha sou muito pouco, que só sou alguém com alguéns. Que nós juntos somos fortes, por mais que isso parodie Chico Buarque em "Os Saltimbacos". Ele sabia o que estava fazendo...

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Tentei. Tentei guardar só pra mim, mas blog é, acima de tudo, um exercício de crescimento. E como descartar do rol de "exercício de crescimento" a longa conversa que permeou a minha madrugada? Como não ficar espantada com o homem admirável que encontrei do outro lado da linha? Como não divagar a respeito de duas horas e meia de trocas? Como não terminar a minha madrugada repassando cada minuto de texto dito, de palavra contada? Como não ouvir novamente cada risada meio rouca, cada alteração no acento?

Poucas experiências são equivalentes. Encontrar um alma companheira? Talvez. Um irmão de outras vidas? Perto. Um espelho seu? Estamos no caminho.

Não sei. Muito tempo vai passar antes que eu defina a sensação de identificação que senti. Tinha que ser assim.

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Tinha que ser um homem TÃO querido como ele é. Se não fosse assim, não estava valendo.

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