terça-feira, novembro 19, 2002

Eu devo ter a maior vocação para gueixa que o Ocidente já viu. Ao mesmo tempo em que estou com uma vontade louca de acompanhar o meu dragão nesse vôo cada vez mais alto, tenho uma necessidade quase física de ficar aqui e esperar pacientemente para que um ELE, que TEM que estar escrito em algum lugar na minha história, faça com que tudo dê certo.

Mas o meu dragão manda notícias do além-mar. Meu dragão manda dizer que o tempo é bom, que os campos são lindos, que as cidades são belas e que "como a paisagem é linda, pena que você não esteja aqui".

Tenho sentido falta do meu dragão de fogo. Era uma relação que eu pensava simbiótica, mas hoje percebo que eu parasitava nele. Eu dependia da sua força pra continuar no eixo. Certo, uma das lições saborosas que aprendi é que os geminianos deslizam entre os dois pólos do símbolo do infinito, o oito deitado. O centro do oito é o equilíbrio, e passamos, nós, os castorpoluxianos, a vida inteira migrando de um extremo ao outro, sempre passando pelo equilibrio.

Mas sem o meu dragão por perto eu tenho tido uma certa lentidão em fazer o caminho de volta ao centro...

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Por onde será que anda o meu dragão? Por quais reinos míticos ele tem voejado? Que eventos quiméricos ele tem visto e tem saboreado em segredo?

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Estúdio hoje a noite. Certo, um estúdio pequeno, mas com pessoas a quem eu amo. Há quanto tempo eu não tenho o prazer de entrar num estúdio para gravar com amores da minha vida?

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Tirar meu sinalzinho do colo quinta-feira. Lá vou eu ameaçar com Dormonid o meu médico cobiçado por dez entre dez mocinhas em idade de casar. Detesto qualquer coisa que me deixe sentindo cheiro de autochurrasco. E bisturis elétricos vão fritar minha pele.

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