quarta-feira, janeiro 22, 2003

Telefone pago, passagem paga, dívidas pagas. Faltam algumas, mas a sensação de auto-gestão é maravilhosa!

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Conversa boa num dia de lua vazia. Retomei contatos antigos, amigos perdidos nas dobras do tempo, e um email e um telefonema ecoaram e trouxeram de volta as risadas que foram dadas juntos. Amigo querido, história linda de dedicação ilimitada, na época em que eu mais precisei de colo, carinho e atenção.

Nossas vidas sempre correram juntas, os mesmo interesses, alguns problemas iguais, uma boa relação familiar. Noites inteiras discutindo sobre armas, montando planos mirabolantes de defesa, de ataque, de ser feliz. Angústias mais despejadas que divididas: era a certeza de que nunca haveria a sensação de estar sendo ofendido pelo outro. Sabiamos que jamais seriamos capazes de machucar um ao outro.

Promessa cumprida. Nunca nos ferimos, nunca nos magoamos, nunca fizemos o outro sofrer. Cumplicidade muda, mesmo quando viamos que o caminho escolhido pelo outro era meio tortuoso.

"Se eu não casar até os 32, eu vou ter que casar com você"."Pra me pedir o divórcio uma hora depois, né?", e era o motivo das risadinhas abafadas que cortavam quilômetros de fios telefônicos, que mais do que levar vozes, levava carinho. A proposta nunca foi séria. Ninguém melhor do que ele sabia dos meus sabores, dores e amores, e o mesmo se dava comigo.

E os laços foram se dissolvendo, papel na chuva. Passou-se um mês, depois outro, depois mais um, e nossa correspondência cessou. Trabalho demais para ambos, uma nova namorada para ele, mais uma desilusão para o meu extenso curriculum. Os meses viraram um ano, a namorada dele é outra — maravilhosa —, agreguei mais desilusões e enganos ao meu histórico. Nos falamos rápido, "oi, que saudade!, há quanto tempo, o que tem feito?"

Mais 10 meses, e enfim refizemos a ponte. "Tem tempo de encontrar uma amiga quase baiana no início do mês?" O que se seguiu foi o inevitável. Quando, como, onde. Sem porquês. Eu tinha esquecido desse detalhe: ele nunca questiona as minhas atitudes.

Finalmente vou poder trocar um abraço forte com esse amigo tão querido.

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Segundo um estudioso de Led Zeppelin, "House of the rising sun" foi gravada no álbum preto, e ele mesmo, esse conhecedor, não conhece ninguém além dele que tenha o disco.

A Shaggainteligence Agency continua investigando uma prova mais concreta dessa suposta gravação, questionada por um CatClown que tem como único defeito ser torcedor do Corinthians. Ninguém é perfeito...

Resposta:

— A-hãã...

Ai, como ele é lindo!

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Passagem pra onde? Ah...

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AINDA FALTAM 11 DIAS!!!

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