quarta-feira, janeiro 22, 2003

Um computador em rede, tempo, cabeça livre: não falta mais nada para promover um auto flagelo digital.

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E foi o que fiz.

Uma vez me disseram que a minha capacidade de improviso com um computador e acesso à internet era surpreendente. Tomei como elogio, mas preferia as vezes ser uma inútil informática. Evitaria que eu mesma me sabotasse, me machucasse, me traísse. E foi isso que eu fiz hoje comigo mesma.

Não contente em ter contas pra pagar, em ter explicações a dar, dinheiro a receber, eu ainda procuro uma maneira de me deixar perversamente beirando o desânimo. Estúpida, idiota. Nada daquilo me dizia respeito, mais. Nada daquilo pertencia à minha vida desde tempos imemoriais (MENTIROSA!!!). Acessei instâncias que eu achava que não existiam mais. Ou que sempre disse nunca terem existido.

Mas elas estavam lá, como tio internado e esquecido no asilo, ossos de família que nunca se desfazem. O veneno sempre esteve lá, eu é que tinha esquecido, eu é que andava achando que estava perto do caminho para me tornar um ser humano melhor. Ingenuidade de quem realmente quer ser um pouco melhor um dia. Litigante de boa-fé.

Passa. A consciência de que fiz só para me machucar é quase suficiente para mitigar a dor. Meus dedos foram mais ágeis que meu cérebro embotado de cimento e lágrimas. Acharam facilmente o caminho da informação que eu precisava para fechar os olhos como quem recebe uma bala quente no meio das costas.

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Estou adiando um telefonema. Coragem é bacana na teoria, mas na prática...

De hoje não passa.

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AINDA FALTAM 11 DIAS!!!


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