sábado, abril 10, 2004



Adiós, muchachos!

Me voy a Praia del Forte, numa FT de quatro, cinco carros; com parada na casa do Léo, em Villas, e direito a almoçar no Giuseppe. O fim de tarde vai ter drink no Castelo, bolinho de peixe no Sousa, com o Motô — que se diz irmão do Souza — servindo.

Puts, é a primeira vez que vou à Praia do Forte à paisana. Não tenho que produzir nada, nem correr atrás de nada, nem convencer ninguém de nada.

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Serginho Machado na TV! "Cidade Baixa" rodando, e TOCA SEABRA NA FOTOGRAFIA???

Uma observação: pra variar, a câmera do "Na Carona" ainda é muito quente.

Mas Lili ainda é meu xodó, o programa ainda é meu dengo, o detalhe com que ele é feito é absurdo de lindo. Ninguém consegue se inserir tão plenamente na paisagem local — sem perder as próprias características — quanto Liliane Reis. Ela tem verdadeiro prazer em conhecer as pessoas, ela trata cada história com o respeito que cada vida merece. E é de coração: o sorriso dela é o mesmo com e sem a luz piloto da câmera ligada.

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E a noite foi doce. Léo, Nandão, recém chegada da terra dos maori, Zeba — que finalmente entendeu que mulheres precisam de mais tempo que os homens para se arrumar —, Rodrigo, Camilla, Luna... Baladinha boa, abraços, afagos, brindes. Mensagens de texto pro primeiro baixista da minha vida, que devia estar tocando e me ignorou — ele hoje vai ligar e dizer: " Coléeeee, Dani, quando é que você vai me ver tocar?" —, pra minha irmã.

Noite que acabou cedo, que me enviou direto pra cama, que me fez tatear por duas páginas do livro e dormir em cima dele. Luz acesa, cabeça apagada, sono profundo, que me trouxe os sonhos mais parecidos com a realidade do que a própria realidade.

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O que eu preciso

Um namorado/amante/ficante/amigo que tenha a mesma disponibilidade de tempo que eu.
Uma semana. Uma semana e meia. Quem sabe duas.
Um mapa
Uma câmera fotográfica
Uma mini DV (eu sobrevivo sem)

E nenhum planejamento. Rodar, entrar e sair de cidade, descobrir cemitério escravo, pinga tradicional, santo padroeiro, festa de marujada, puxada de mastro e história de assombração. Poder parar na estrada trocentas vezes, para finalmente tocar meu projeto adiante; mão na perna, paradas para cochilos embaixo de árvores, sem compromisso algum. Nem de chegar em algum lugar, nem de hora, tampouco compromisso com a gente mesmo. Ir de um jeito, sem esperar voltar igual.

É isso: preciso de um cúmplice. De um namorado cúmplice. Preciso de paz. Preciso de férias.

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Que ninguém invente de ir visitar a Cajibá.

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