A minha lista de "coisas para fazer num sábado" não incluía ficar internada. Alguém percebeu o pretérito imperfeito?
Sábado de feijão no Lu, de esticar num bar qualquer no Rio Vermelho, de encher a cara e voltar grogue para casa. Bom, essa parte teve: voltei no final do efeito do Lexotan. Só que eles conseguiram me conduzir à máxima irritação permitida.
Sim, meu prezado Leitor, porque eu baixei hospital por causa da asma. Que nunca existiu. Diagnóstico: sinusite aguda ("espessamento das mucosas do seio facial") e... stress em estado crítico!
Quando eu disse que ia ter um troço, era brincadeira! Até a asma, eu segurava a onda. Mas formigamento no rosto a ponto da pálpebra saltar, formigamento dos braços até os dedos paralisarem? Isso é mais do que a minha enciclopédia médica contém.
A enfermeira foi cunhada do meu melhor amigo, e namorada de um dos meus mais antigos escudeiros. E é prima de uma das minhas grandes paixões. Um doce... mas que me conhece socialmente, e sabe das minhas atrocidades.
Pressão na casa do cacete, ela primeiro pergunta se eu tenho andado em estado de tensão, stress continuado ou variações de situações. A resposta foi um sorriso, e ela responde: 15 x 10. COMO ASSIM?
15 minutos depois, pressão estabilizada no normal — 12 x 8 —, um Lexotan pra dentro, soro e inalação. E esse foi o dia: passeio de cadeira de rodas pelo hospital, um quase desmaio na sala de Raio X, comparações de tatuagens com o técnico de radiologia, conversas nonsense com o enfermeiro interessantíssimo, "vou tatuar o olho de Thundera também e vamos fazer uma Falange".
Obrigada, minha tropa, pelos telefonemas, por terem ameaçado transferir a balada pro hospital. Obrigada, Joselita, por ter ido (e começado o esporro que ainda vem). Obrigada pela preocupação.
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