sábado, abril 24, 2004

Fragmentos dele em mim



"— Tem coisas que só acontecem com o Fluminense e comigo!

Mas a vida tem dessas coisas. Quando se dá conta, a felicidade já é irremediavelmente retrato na parede, cartinha na gaveta, passando.

Por que será que ao contrário do que ocorre entre os músicos há tão poucos escritores que jogam futebol? O primeiro exemplo saltou em uníssono: Albert Camus. Chico vetou, enfático:

— Ele não era jogador de futebol: era goleiro. E goleiro não é jogador de futebol. Aqui no Brasil, quando a garotada joga, sobra para o gol quem é perna-de-pau.

O que será ser sua sem você?
Como será ser nua em noite de luar?
Ser aluada, louca
Até você voltar
Pra quê?

O que será ser só
Quando outro dia amanhecer?
Será recomeçar?
Será ser livre sem querer?
Quem vai secar meu pranto?
Eu gosto tanto de você

Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que inda sou tua
Só pra provar que inda sou tua...

Eu descartava os dias
Em que não te vi
Como de um filme
A ação que não valeu

Deus lhe pague
Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague

De brincadeira perguntei-lhe o que era amor. "Não sei definir", disse-me, "e você ?" " Nem eu", respondi.

E constroem, sobretudo, uma amizade erguida sobre o afeto e sobre o susto."

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By the way, o link do título leva a uma história deliciosa.

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