Uma garrafa d'água, insônia e celebrity death match na MTV. Minha Nana com ferimentos de guerra (ela brigou com a Mabel, saiu com um machucadinho na orelha e outro embaixo do olho) volta e meia sente carência, deita no meu colo, suspira e dorme.
E só assim eu acredito numa coisa chamada amor.
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Preciso da minha São Paulo na veia. Preciso entrar e sair de metrôs, vadiar pelo Anhagabaú, entrar em todos os sebos perto da República. Preciso daquele café da Consolação, do chopp no Copan, da Adidas Store.
Preciso parar na frente do MASP, preciso ver a exposição da Oca, preciso de noitadas na Madá, da Lapa, da maria mole na porta da garagem da Leopoldina. Preciso de um salão de sinuca que tem numa paralela da 9 de Julho, preciso do Shopping Paulista, do Playcenter. Quero passar na frente do Parque Antárctica, quero descer pra Santos pra ver a galera do Caldeirão, pra dar um puta abraço no Paulo Osso, no Marcelo, pra participar enfim de uma Integrarex.
Preciso saber a que lugar pertenço, preciso estar numa terra em que as pessoas falem como eu. Onde o camelô não tente me roubar por achar que meu sotaque é de fora (e é). Preciso do Aeroporto de Guarulhos, horas esperando pelo meu vôo, olhando o mundo se dispersar através dos vidros blindados. Quero as ameixas frescas na saída da Estação Santa Cecília, da voz metalizada dentro dos trens urbanos, das caras de sono do povo que vai pra Cidade Universitária.
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Paulistana com banzo é foda.
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