terça-feira, abril 06, 2004

Eu avisei que não se ganha discussão de mim. Eu avisei. Aí perde, volta pra casa chorando, enfia a cabeça nas saias da mãe (ou do amigo. Mas não nas saias do amigo. No ombro do amigo) e fica dizendo, entre lágrimas: "eu detesto a daniela, viu? Eu de-tes-to!".

Pirralhos... Bah!

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Nem quero me olhar no espelho. Um sol causticante e eu embaixo dele, procurando a locação ideal para o filme nada ideal... SEM FILTRO SOLAR!

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E ela, que eu sei que é sádica:

— Quer que eu te diga quem é que eles pediram para compor a equipe?

Eu nem quero fazer esse set...

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— Eu não queria que você se decepcionasse...

Minha amiga querida, tem umas cinco pessoas no mundo que ainda podem me decepcionar. Porque delas eu ainda espero alguma coisa. Das outras pessoas que me cercam? Numa boa, eu não espero absolutamente nada, por isso não me decepciono com elas. E esse foi o caso. Nem dói. Era crime anunciado. Eu já tinha cantado a pedra. Nunca discutam com a minha intuição. Nunca. Eu SEMPRE sei o que preciso saber. De um jeito ou de outro.

Mas os meus pratos preferidos sempre foram servidos frios. E esse já tem tanto tempo esfriando... Não, não sou vingativa: faz mal pra pele. Só confio cegamente na lei do retorno. Cegamente. Se vem de mim, se eu vou fazer o que tinha planejado... Ainda não sei. Não estou com vontade de me sujar a esse ponto para dar o troco devido, e só sendo bem rasteira é que eu vou me nivelar ao ser. Ter que fingir uma paixão que não existe nunca foi o meu forte, nem pra me vingar. Beijar, então, só pra ter gostinho bom de toma-lá-dá-cá? Não vou sujar a minha boca naquela. Argh!

Vou fazer uma boa hora de meditação, fazer cara de sono e continuar como se nada tivesse acontecido. Com carinha de santa, e ver a merda que isso vai dar no final...

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Lá estou eu formigando de novo. Remédio X pra dentro, antes que a coisa piore.

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