sexta-feira, maio 10, 2002
"(...) estranhamente calma, sossegada, como o passo daquele jabuti que Stella Miranda me deu na estréia de “South American way” e que foi encontrado no fundo da piscina, dormindo o sono eterno da tartaruga que ele imaginou ser. Não sei o que pode ter acontecido. Talvez ele tenha desejado olhar sua imagem na água, numa crise de referência ou num descarado ataque de narcisismo quelônio, não sei.
(...)
— Ou talvez tenha entendido que havia uma vida fora dos muros, a que ele nunca teria acesso (...)
— Ele deve ter entendido que não tinha saída."
Boa saída, Carmen (q era o seu nome, apesar de jabuti macho.)... Vc achou a saída, vc achou a solução.
Solução Hemingway. Mas vc entendeu que não tinha saída, né?
MF, jornal O Globo, 09 de maio.
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Miguel, hj tem mais gente chorando seu jabuti.
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E o q é q eu faço com a vida q eu SEI q tem atrás dos meus muros? Será que eu vou entender que não há saída? E se entender? Big Blue enfim? Reproduzir o digno final Mayol, idêntico ao do Carmen (gozado, né, artigo masculino precedendo um nome feminino!)? Ou continuar na minha vida quelônia, e inevitavelmente me descobrir jabota, não tartaruga? E assim continuar a apostar corridas em círculos?
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"Mas eu disse que essa história não tinha final feliz"
Murilo Benício, num personagem qualquer, antiiiiiigo.
(Entra BG: "Vivia a te buscar, pq pensando em ti corria contra o tempo/Eu descartava os dias em que não te vi, como de um filme, ação que não valeu...)
ALGUÉM se lembra disso?
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Quem (?) esperava um pouco mais do meu pragmatismo, esqueça. Tarde pra avisar, né? E se está de saco cheio do Falabella, desista. Sou absolutamente apaixonada por ele, por seus textos, pela sua produção cultural. E leio a coluna dele TODA semana, nunca uma única vez.
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Não me pergunte razões. Não sei, não sei e não sei.
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Amanhã vou procurar um psiquiatra. De novo.
Quero minha sanidade de volta. Ou pelo menos a paz de espírito.
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