sexta-feira, maio 17, 2002

Reunião de produção. Se alguém pronunciar essas palavras na minha frente nos próximos 4 dias (sab, dom, seg, ter. 4 mesmo..) vai ter a dentição abalada em definitivo...
O meu (em teoria) pagante não apareceu. Detalhe: a reunião era NA CASA DELE! Nunca, em 25 anos e exatos onze meses estive tão perto da apoplexia fulminante do que quando o porteiro me disse:

— Seu GR saiu!
— Hein?
— Tem mais de meia hora...

Meu pai, um herói q me conduz pra essas roubadas, já tinha partido a milhão. Acionei a tecla 2, e muito maduramente sugeri:

— PAIÊEEEEEEEE, VOLTA PRA ME BUSCAAAAAAAAAR!!!

Santo homem, aquele. Voltou.

Desliguei do papai, e acionei o outro produtor, Ricardo.

(ouça no volume máximo. É, aos berros, mesmo...)

— Eu sou uma profissional, não sou nenhuma guria recém saída da escola brincando de produtora! Eu tenho anos no mercado, não aprendi a trabalhar ontem, não! Eu não admito ser tratada dessa maneira, isso é anti profissional (isso tem hífen?)! As pessoas acham q minha pouca idade (acreditem, já ouvi isso!) significa irresponsabilidade, mas quem me conhece sabe que sou mais competente e responsável q a maioria dos outros produtores! Eu só tenho cara de idiotinha, MAS EU NÃO SOU!!

Escândalo feito, pedi ao Rick que comunicasse a causa e a conseqüência ao meu (espero em Deus!) pagante, e pedisse uma solução. Disse q se o tal não me ligasse, ele q se transformasse numa van para levar músicos, q negociasse com a produção (de merda) do evento, que fizesse o diabo, pq eu não ia.
Ricardo ligou, conversou com pai dele (do GR) e disse q se o dito cujo não ligasse até meia noite de ontem ou o meio dia de hj (hj pra mim ainda é quinta), q ele procurasse uma nova equipe de produção e roadie, pq sairíamos ele, João Paulo (irmão-roadie dele) e eu.
GR ligou de manhã cedinho pra mim, pediu desculpas... Ainda bem que não tenho porte de arma. Nessa parte do roteiro é q a mocinha plantaria uma azeitona quente na testa do bandido, sopraria o cano fumegante e caminharia em direção ao pôr-do-sol, rumo ao final feliz com seu Torrãozinho de Açúcar.
Orçamento enxuto, não previ uma arma e uma bala. O cavalo já tinha, o Torrãozinho de Açúcar tb. O bandido vaselinou tanto a mocinha q entrou. Isso posto (hã?), fugiu a galope no seu pangaré q toma remédio para não fazer cocô em público (JURO!!!), e a mocinha ficou esperando o roteirista entregar o final.

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Seis horas jogando tarot. Jogando, não, convencendo o tarot de que o homem ideal pra mim é o Torrãozinho de Açúcar. Passei mal o dia inteiro. O corpo não agüentou a porrada desta vez, e arriou...Dores horrendas no estômago, braço esquerdo quase imobilizado, esse último um clássico do Mundo Maravilhoso do Limite Emocional da Dani.
Resolvi dar um pulo na casa da Verena e levei meu tarot. Cheguei agorinha, depois de horas jogando tarot e fazendo perguntas pro tarot dela.
Conclusão? Estou tão cansada q não sei se fico com o Torrãozinho de Açúcar, com o ator de novela mexicana ou com o irmão dela. Pouco elucidativo, né, mas todo esforço foi compensado quando bateu onda com a 10a. vareta de Ananda acesa. Tá, vamos lá: Ananda é um incenso fortíssimo à base de cânfora. Passei a ver todos os mistérios do mundo com clareza... Mas esqueci tudinho quando a lombra passou...

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Lombra? Did I say lombra? I wanna see the light!!!!!!!

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A culpa é toda do meu primeiro dia de inferno astral!!!!!!

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Faltam 29 dias.




Um comentário:

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado