quarta-feira, outubro 11, 2006

Por onde começar?

Pela noite bala de hoje? Por ter encontrado Fabiola? Pela noite organizada pro Maia na próxima semana? Pelas minhas lentes imundas? Pela surpresa eterna que é a Ju? Pela companhia que eu confirmei ser maravilhosa, dessa moça talhada nos céus? Pelo amigo, de tantos quase dez anos, que pelo MSN confirmou a presença amanhã no show da Cascadura, e que vai dividir comigo pista, risadas, gosto musical, abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim?

Ou vou pela conversa que eu jurava que jamais teria, com aquele que um dia foi o dono-do-meu-passe?

Por aí. Olhos cheios de lágrimas, não por mim, não por ele. Por tudo o que ele me disse, por tudo o que ele está sentindo extra-Daniela. Aliás, não é muita pretensão falar de Daniela pra ele? Não é muito achar que ainda há amor? Posso parecer a mais sem coração, mas quando do primeiro telefonema, que ele me contou o que andava acontecendo com aquele que lhe ia ao coração... Os olhos marejaram. Pedi licença e fui ao banheiro, chorei como se fosse comigo, diretamente.

Doeu como se fosse na minha vida direta. Estou de novo chorando por causa dele, do que foi, do que virá. Acho que tudo vai se resolver da melhor maneira, e nem sei da amplidão de todo o assunto. Idiota? É, sou sim. Mas uma idiota com coração. E que está com duas ágrimas penduradas nos olhos agora. Não por mim. Por tudo o que ele vai ver.

Quando cheguei à conclusão de que "ruim com ele, melhor sem ele", e como me arrependo desse julgamento precipitado, era pra ser pra sempre. Foi assim durante um tempo. Até hoje. Até hoje eu o mantive na esfera dos sonhos, do resolvido no plano onírico. Não é assim. Eu pergunto por ele a cada contato com a Ju — ao menos se ele cortou o cabelo —, sei dele a cada vez que nos falamos sei qu anda muito feliz — e não é melhor assim? —, juro que desta vez vou ficar com o BadMan e sepultá-lo. Finado Moço, que soube eu hoje que tanto o ofende a expressão.

Mas a conversa tomou outro rumo. Era sobre alguém que extrapolava o nosso cotidiano. Alguém que nunca conheci, mas que sempre respeitei a dor de ter uma filha exatamente como eu. EXATAMENTE COMO EU. Mesmo depois de encerrada a relação, a única pergunta que realmente valia a pena fazer, e que sempre me assombrava, era: como está a N.?

Digressões sobre lágrimas, estou chorando sim. Muito. Além do sentimento estúpido pelo idiota a quem eu amo desvairadamente (até amanhã), a partir de hoje existe mais nobreza nas minhas preces, a partir desta noite, para todas que virão.

E a minha fé, QUASE inabalável, de que tudo terminará bem, de que teremos todos saúde e ainda amor para recomeçar.

********

Ao telefone. Amigos servem pra isso. Também.

Duas da manhã estarei melhor.

Nenhum comentário: