Eu quase digo. Cheguei a respirar para engatar a primera e soltar o verbo, mas achei que a temperatura ambiente não era adequada. Achei que o ar estava tenso. E denso.
Mas eu ia dizer. Ah, e daí que não era apropriado? E daí que não se mudam as regras do jogo com ele no meio? E daí?
Eu ainda (não) pago as minhas contas, e se eu sou responsável por isso, não devo satisfação da minha vida pra ninguém mais.
Mas eu não dsse. Nada do planejado saiu desta boquinha. E eu tnha tanta coisa legal para dizer, tantas coisas para contar, tantas descobertas feitas a serem partilhadas. Foi bom passar por essa trip sozinha, mas eu queria contar que a memória táctil foi mais forte que o hábito. Que estou com as impressões digitais gravadas nas costas, que ainda tenho a pressão da mão na minha nuca.
Eu queria contar que me libertei tardiamente de um vício, e que só percebi que o antídoto tinha feito efeito quando usei o narcótico de novo e não tive nenhum barato. Sou geminiana, sou insistente, persistente, chata, recorrente: não deixo o osso assim tão fácil. Vou me intoxicar de novo, vou encher a cara da substância proibida, mas acho que a partir de agora estou imunizada.
E eu tinha que contar. Tinha que dividir. Louros a César: se não dependo mais "do" droga, não foi sozinha que cheguei lá. Foi um trabalho de equipe: uma equipe de beijos, abraços, risadas, mãos, suor e carinho. Mãos nossas, risadas suas, lágrimas minhas. E tenho dito.
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Ouvindo CDs de amigos. Bons músicos, bons amigos, bons CDs. Enquanto o seu lobo não vem..., cuja primeira faixa já deve estar gasta. Enquanto isso..., Léo, Metade e Dinha, na voz grave e bem modulada do Metade...
E agora é Pedro Luís e a Parede... Meus CDs preferidos, esses três, daqueles que andam pra todos os lugares comigo. Faltam os dos Los Hermanos, imprescindíveis.
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