sexta-feira, abril 23, 2004

12:01.

Eu ouvi. Marquei a hora. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, discuta comigo se eu estiver ABSOLUTAMENTE certa. E eu estive. Eu OUVI. Eu sabia.

Acertei. One more time.

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Se você acha que conhece Tarantino, se você acha que Pulp Fiction é O filme... desculpa.... VOCÊ AINDA NÃO VIU KILL BILL!
Reunião chata, sem nada pra me dizer de novo, e um convite para a pré-estréia esquentando no meu bolso.

— Senhores, creio que o projeto será entregue em 4 ou 5 dias. Algo mais?

Não? IGUATEMI!! Zebaggins, cadê você?

Kill Bill. The Bride. O FILME. Tarantino.

Eu comecei o dia vendida pro Robert Rodriguez, mas a noite, e o resto da minha vida, são só e somente do Quentin Tarantino. Retiro o que disse sobre Tarantino no roteiro e Oliver Stone na direção. NINGUÉM além do esquisitinho conseguiria os planos que conseguiu, a atuação da Lucy Liu, a grua invertida.

Para quem não sabe — e isso não é spoil —, o filme tem um animê. Eu juro que aquele mangá é o que eu quero tatuar. Há anos, muitos, muitos anos eu não choro em filmes. Algum vestígio de lágrima se insinuou durante o animê. Vestígio: chorar, atualmente, é o evento mais raro que chuva no Atacama, para mim.

Que fotografia! A movimentação de câmera é ABSURDA, e se escrevo em caixa alta, é porque não achei nada mais representativo no teclado. Cortes que vão do "tarantiniano" plano-seqüência looooongo, até o "oliverstoniano" corte nervoso, de videoclipe. Muito bem mesclado, alterna paz e tensão, luz e sombra, dor e riso.

Não me arrependi de ter antecipado o fim da reunião-porre, de um trabalho que não vai render, para me encontrar com o Quentin. E a trilha sonora? Virgem do Guadalupe, esse homem se superou!

Não deixem de perceber o contra-plongé, a câmera subjetiva, a lente vaselinada para o ar sacro de uma ou outra personagem, o porquê do P&B, e o porquê do colorido.

Ai, se deixar, 10 da matina estou ainda exaltando as qualidades do filme... Vê e me conta!

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E claro que com ele a noite não ia morrer no cinema. PA2, Balla 08, Dani, Hugão, Zeba, e o famigerado Quil. Não, nenhuma hstória. Não que ele não tenha contado: eu estava ainda embevecida com "Kill BIll".

Dani foi me deixar em casa. Se você conhecesse o Dani, saberia porque só estou em casa a essa hora. Posto do Stiep, posto dos Namorados, posto do Chame-Chame. Conversa boa, daquelas em que as verdades não doem tanto.

— Dani, vou dar a MINHA visão feminina!

E ele, doido que não é, nem discutiu. Ouviu, concordou. Dan, meninas são completamente diferentes de meninos! Meu sogro (pai do MEU Vini!), amigo querido, a quem eu quero tão feliz quanto aquela menina querida, que teve a barriga mais linda do menino mais fofo do mundo. Aquela moça que é tão parecida comigo, com quem me sinto tão em casa, tão em paz, tão comigo mesma.

Bom, vamos jantar sábado, Dani e eu. Eu, na qualidade de nora antecipada, tenho direito de entender o que passa entre o meu sogro e a minha sogra. Nora superantecipada, que seja claro. Algo perto de 30 anos de antecedência.

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Fê, ao invés de dez anos, eu aposto que em mais um ano os discos voadores estarão descendo nos postos de gasolina. Palavra de quem recuperou parte do passado em pelo menos três postos com seres bizarros.

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13 dias. Teoria Zeba dos 15 Dias, e só 13 estão à minha frente. Estou quase escrevendo uma letra de música do Fábio Jr. É o que eu sinto, mas vai morrer. 13 dias. Só. Porque a palavra-chave é LIMITE.

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A piada é que a música que eu dividia com o Mouro está tocando no meu Winamp From Hell.

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