quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Dia que começa estranho, com cara de segunda-feira tardia. Dia que começa com planos estranhos, planos de clarear/escurecer os cabelos, de viajar na próxima semana, de sumir por uns tempos, de reciclar. Dia que começa com algumas promessas a serem cumpridas.

Dia em que vou colocar as rodas no asfalto. Vou comprar meus pés de pato, achar minha máscara de mergulho e voltar a ser estrela do mar. Vou arrumar o armário — rá, farsante! Vou pra produtora. Vou ao cinema. Vou ouvir Portishead e Evanescense.

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O Tio Barnabé é um hippie fugido, né? E diz, diz olhando nos meus olhos, diz que aquele cachimbo não é uma marica!

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Amanhã tem Peu Meurray no Porto da Barra. Numa boa, genial é o mínimo para se dizer desse cara!

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É muito gostoso quando chegam no blog procurando direto pelo meu nome no search engine... Coisas da carência.

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Falando em carência... Além de dormir com abraçada na minha toalha de banho king size, duas manhãs atrás eu acordei agarrada num rolo de cromos que fiz em costa de Sauípe, ainda naquele trabalho bizarro de setembro. No rolo, fotos artísticas de costas de tocadores de tambor, fotos da espanholada, da equipe, autoretratos (com câmera de foco manual, é um puta desafio fazer autoretrato) e de cenas gravadas.

Será que o meu subcosnciente está querendo me avisar que fui feliz naquele tempo?

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No princípio era o Verbo. Aí Deus inventou a luz, e viu que era bom. No segundo dia, Deus criou as sombras. Pronto, estava criado o primeiro diretor de fotografia. Deus suspirou, viu que não tinha jeito, e criou o maquinista, o 1º e 2º assistentes de câmeras, o chefe elétrico.

No décimo terceiro dia — 13, hein? 13, notem bem! —, faltou comida no set, o elenco atrasou, a van com o equipamento ficou retida no aeroporto, e os motoristas não conseguiram montar uma única planilha de apanha sem furos. Para resolver tudo isso, Deus tinha duas saídas: explodir aquela porra e começar tudo de novo, dessa vez só com organismos unicelulares (daí vieram os modelos), ou inventar a solução.

Nasceu o primeiro produtor. Deus viu que era bom, e finalmente pode descansar em paz.

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Mau humor? Imagina! Eu não vou morrer produtora, mesmo...

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