Era óbvio que São Valentim ia aprontar das suas... pela falta de jeito, ele deve ser irmão de São Nunca.
13 horas de trabalho com meia hora para almoçar, e quem tem coragem de armar um GT para sair? Tão cansada estava que cheguei em casa às 11, e só depois de apagar até meia noite e meia é que consegui forças para levantar, tomar um banho, engolir alguma coisa e voltar pra cama.
E o jantar? Ainda bem que dei o W.O. O primeiro saquê certamente seria o último emborcado em sã consciência — hã? Eu tenho isso? —, e fico imaginando como é que eu conduziria o sushi até a boca... Com a mão, certamente, ou espetaria o hashi como quem enfia palito de dente em batata frita. Mão engessada, Leitor Fiel, lembra?
E depois do vexame com a entrada, eu certamente tentaria trançar os fios de yakissoba, fingiria de gueixa ocidental, brincaria de arremesso de tirinhas de cenoura no copo do meu amigo, faria olhinhos puxados com o resinho de fita preta que trago na bolsa. Finalmente, na hora da sobremesa, eu prenderia os biscoitos da sorte no nariz, como bolinhas vermelhas de palhaço.
Pra quem é de Salvador, essa tenda seria armada no Taquê. Ainda bem que eu não fui...
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Diria minha alminha companheira — você ainda está brava comigo? —:
— Eu nem queria ir, mesmo!
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