domingo, fevereiro 15, 2004

Era óbvio que São Valentim ia aprontar das suas... pela falta de jeito, ele deve ser irmão de São Nunca.

13 horas de trabalho com meia hora para almoçar, e quem tem coragem de armar um GT para sair? Tão cansada estava que cheguei em casa às 11, e só depois de apagar até meia noite e meia é que consegui forças para levantar, tomar um banho, engolir alguma coisa e voltar pra cama.

E o jantar? Ainda bem que dei o W.O. O primeiro saquê certamente seria o último emborcado em sã consciência — hã? Eu tenho isso? —, e fico imaginando como é que eu conduziria o sushi até a boca... Com a mão, certamente, ou espetaria o hashi como quem enfia palito de dente em batata frita. Mão engessada, Leitor Fiel, lembra?

E depois do vexame com a entrada, eu certamente tentaria trançar os fios de yakissoba, fingiria de gueixa ocidental, brincaria de arremesso de tirinhas de cenoura no copo do meu amigo, faria olhinhos puxados com o resinho de fita preta que trago na bolsa. Finalmente, na hora da sobremesa, eu prenderia os biscoitos da sorte no nariz, como bolinhas vermelhas de palhaço.

Pra quem é de Salvador, essa tenda seria armada no Taquê. Ainda bem que eu não fui...

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Diria minha alminha companheira — você ainda está brava comigo? —:

— Eu nem queria ir, mesmo!

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