Meu amor.
Amor pra toda a vida, esta e todas as outras. Cheiro que me pertence, boca que diz que me ama, olhos que confirmam. Homem meu, meu como nunca será de mais ninguém.
Os dias se transformaram em meses, e esse intervalo foi árido de amor. Amor dele, amor que não exige, que não cobra. Amor que se sabe único, altaneiro.
Ele chegou, e não era pra ser ontem. Tnha que ser hoje, sem pressa, com confissões, mãos entrelaçadas, verdades engolidas entre uma mordida e outra da pizza. Conversa com pontos de continuação, pausadas por uma tacada e outra da sinuca, intercaladas pelo cheiro do Semiac.
Bolas ímpares para ele, e nossa vida quase foi decidida num green de feltro. A última bola ia decidir quem ia ceder: eu vou ou ele fica?
Dei o empate. Nossa vida é muito mais que uma bola rosa e outra amarela. Fecha a mesa, vamos comemorar com uma cerveja gelada, carinho despreocupado, dedos que se buscam para provar que sim, estamos ali, a uma distância quase indecente de dois centimetros entre uma perna e outra.
Amor de toda uma vida, duas semanas para dizer o que ainda não foi dito, duas semanas para fazer com que o Rio fique onde está, e que o novo-velho filho de Jorge Amado continue em terras da Soterópolis.
Porque não há dúvidas: aqui é o lugar dele. Aqui, comigo, perto. Porque eu sem ele não sou Daniela. Eu, sem ele, falta um pedaço que me reduz à menor — e mais incompleta — forma de vida.
Inclassificável. Não um protozoário. Não uma ameba. Uma reles "sem-Felipe".
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