terça-feira, fevereiro 17, 2004

E eu acordei com a minha Naninha coçando as costas na cama embaixo da minha. Bastou um bom dia para ela abanar o rabo pra mim e virar as patinhas para o alto. Ufa, o tratamento de choque fez efeito!

Como é que um dia dá errado quando começado assim?

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O barulho do encaixe perfeito fez eco no corredor do prédio da minha alminha companheira.

O "todos por um" voltou a vigorar ontem. Meu azedume ficou sentado na escada, olhando amuado, como um Scrooge de São Valentim. Nós cinco voltamos a ser um, um abraço coletivo que durou o tempo exato das lagriminhas daquela moça começarem a cair de novo.

Só ela conseguiria reunir de novo os que andavam tão afastados. Só ela me faria ver os meus como meus que sempre foram. Só ela foi capaz de bater as palmas das mãos e desfazer a tempestade que ainda não caiu.

Voltamos a ser cinco num abraço que foi para a alma dela, mas que foi essencial para a nossa. Ou pelo menos para a minha, que anda tão surrada, quase perdendo a cor, lavagem errada para jeans fora de moda. Alma desbotada.

Pelo menos por uma noite conseguimos retomar uma parte ínfima do que fomos. Sobre hoje? Bom, nem hoje, tampouco amanhã, menos ainda na quinta-feira. Ainda falta cola para eu remendar os cacos do que sou, e finalmente poder dividir novamente só o meu bom humor. Porque maus modos, eu ando convencida, são os filhos gêmeos da frustração, e irmãos diletos da tristeza.

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Externa de curta duração. De lá, para a casa daquela moça linda, de grandes olhinhos pequenos. E lá vai a vida, correndo na minha frente...

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