sexta-feira, abril 04, 2003

Os céus vão despencar!

Desde maio de 1998 estou esperando para ouvir isso! Desde 1998 que esse homem reluta em admitir que foi mal, ou que errou, ou que eu estava certa, ele errado!

Trechos do "Troféu":

"Você sempre pegando pesado comigo, hein?!
Tudo bem, te dou a razão."


(...)

Mas sei que o pior de tudo foi eu não ter te ligado.
Se adiantar de alguma coisa : foi mal."


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Cinco, seis anos depois, e a competição camarada ainda é a mesma. Ainda implicamos carinhosamente um com o outro, ainda somos os mesmos esnobes culturais. Com ele, ganho os anos que passaram todos de volta. Retomo o final da adolescência, as tardes de surf, o sonho de cair em Scar Reef, as noites de jam session no Solar, Território, Magamalabares. Vinho branco gelado, horas a fio no ICQ, Midnight Oil, cerveja long neck. Ele me traz de volta o sonho sonhado junto, a esperança, os dias amistosos, intensos. O cheiro de mar está engastado na pele dele, e as ondas invadiram seus cabelos.

Falar com ele na terça deu saudade. O email dele hoje deu mais saudade ainda. Uma sensação de continuidade, de estabilidade, de nada mudou. E no meio dessa minha turbulenta vida, poder estender a mão, discar oito números, e ouvir a mesma voz de sempre, com as mesmas brincadeiras, de alguém tão querido, é um presente embrulhado por Deus.

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— Preciso de um ator que faça a linha executivo.
— Ok, terno, gravata, cabelo arrumadinho...
— Exatamente! Mas dá um jeito de me mostrar a nova tatuagem da sua coxa!
— Na hora! Eu posso ir de sunga e gravar como o executivo de férias na praia.


E ainda me pagaram, acreditem!

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Não chorei mais. Coração mais tranquilo. Em paz.

Acho que estou crescendo.

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