Os olhos do Pedro Paulo Diniz... Ah, os olhos do Pedro Paulo Diniz...
Sempre tive uma queda pelo João Paulo Diniz, mas o Pedro Paulo e seus olhos de madeira derretida...
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Conexão discada sux.
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Ele veio. Num telefonema, ouvi sua voz brincando comigo.
"Te acordei?", meio rindo, sabendo que sim. "Eu estava na dúvida entre te acordar agora ou te acordar mais tarde..." Você pode, meu amor. Sempre pôde.
"Estou com saudade, mas..." "Mas nada! Não prometa o que você não vai conseguir cumprir! Você ia dizer que não mais voltaria, não é?" "É... não me faz bem ter você e não ter ao mesmo tempo."
Na minha cama, mantenho os olhos fechados, estico o corpo qual felídea; preguiça e deboche no sorriso de Gata-que-Ri.
"Um dia você bota na cabeça que me pertence e que eu pertenço a você."
"Eu sei disso, como sei disso... Não tenho mais paz sem você."
"Problema é seu, meu amor! Eu tenho tentado devolver uma aura de normalidade à minha vida."
O jogo inverte. No telefonema de sonhos, quase o vejo sorrindo.
"Mentirosa. Você quase não sai, e só com amigos inócuos. Eu sim é que tenho tentado me livrar do vício que você é."
"Uma mentirosa, um fracassado. Nem eu estou tentando te esquecer, nem você está conseguindo viver sem mim."
Rimos os dois, cúmplices. Bela dupla: os melhores, quando juntos; meros sobreviventes, quando separados.
"Eu amo você, mas vou tentar não voltar."
"Eu amo você, e vou te esperar todas as noites e dias. Eu SEI que você vem."
"Eu SEI que volto."
"Está ficando cansativo esse encontrar noturno. Vai ser assim até o fim da vida?"
"Não sei. Você precisa saber de algumas coisas antes de decidir se me quer de verdade."
"Você é um repolho hermafrodita? Soropositivo? E se for? E daí? Eu amo você. Quer que eu desenhe pra você entender?"
"Deixa eu tomar coragem, te conto um dia. Não ia suportar ser rejeitado de novo..."
"Seu idiota, você e o seu segredo! Eu nunca te rejeitei!"
"Eu me senti assim. Tenho que desligar."
"Volta. Por favor, volta!"
"Vou tentar não vir mais. Mas não vou conseguir. Eu volto. Não sei quando, mas volto."
"Se você não vier, vou até você. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo."
"Eu amo você, também. Amo muito, amo tanto que dói fingir que você não existe."
"Vai. Vai pra poder voltar inteiro meu, voltar inteiro pra mim."
Ele foi. Acordei na hora, senti falta. Sono intranquilo, corpo cansado. Ajeito a cabeça no travesseiro para começar a dormir de verdade. O sorriso de gata de Alice continua no rosto. Ele vai voltar, sim.
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Automobilismo e futebol seriam os dois únicos motivos para eu me tornar uma repórter. E aliás, com meus 17 kg a menos, não estou muito longe de ficar videomente aceitável!
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