quarta-feira, março 31, 2004

O que raios eu fiz da minha vida?

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Je ne regrette rien. Em cada número discado de celular.

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Eu nunca disse o quanto eu ABOMINO SMIRNOFF ICE?

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— Vou te arranjar um namorado!

Deuses piedosos, não! Quando ouvi isso pela última vez, ele era vesgo, burrro, limitado (o que é pior), tapado... Se é isso que Deus me dá como opção, que venha a reclusão religiosa.

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Suíte

— Você é casada com ele?

O ele em questão era o Zeba.

— NÃO ME ROGUE ESSA PRAGA!

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Terça-feira, dentro do calendário civil e razoável, é dia de ver Big Brother.

Ledo engano. Terça é dia de receber ligação do seu doppelgänger para a balada.

(Baixo improvisado de Seven Nation Army)


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SUJEITO A CORTES, CENSURAS E WHATEVER

(ouvindo Jewel)

Dois idiotas. Ele e eu. Usados, bagaço de cana depois da terceira passada pela moenda. Juntos, porque idiotas se reúnem e nem adianta fugir: minha vida corre em paralelo a dele. Tinha um terceiro: querido em italiano. Seu nome.

Dois whiskies, váaaaaaarias cervejas, vamos pra onde?

— Robertone, cadê você?
— Num boteco aqui, voltando com a ex.


Robertone, o ORGULHOSO? Voltando? O que eu perdi com a tradução? Ele se rendeu? O mais inflexível dos meus, o meu exemplo?

Oh-yeah. Velho de guerra, 15 anos de resistência.., E RENDIDO? E por que eu, que nunca fui xiita, continuo vendida para o orgulho? Por que eu continuo tendo a minha verdade como aquecedor de cama, ainda mais chegando o inverno?

Parei. Músicas de outra era voltaram, num crescendo. "Calem-se! Esse tempo não pertence a vocês"!

Iris, do Goo Goo Dolls:

And I don't want the world to see me
'Cause I don't think that they'd understand
When everything's made to be broken
I just want you to know who I am

And you can't fight the tears that ain't coming
Or the moment of truth in your lies
When everything feels like the movies
Yeah you bleed just to know you're alive



Cry for Help não, pelos Deuses!

She's taken my time.
Convinced me she's fine.
But when she leaves, I'm not so sure.
It's always the same.
She's playing her game.
And when she goes I feel to blame.
Why won't she say she needs me?
I know she's not as strong as she seems.


Não me desnuda mais!

E assim fui, me defendendo. Cada música, um tabefe.

Passado dói. Com culpa, então...

Briguei pra voltar. E o presente me agrediu mais. Recomecei com Bruce Dickinson, virei pra Jewel, e não é que a porra da última música é dos Hellacopters? Qual o objetivo de Deus? Reclusão religiosa?

Cansei. Desisti. Que venha o touro agora, porque estou cansada das flores enganosas. Amei. E c'est fini. Não quero saber de homem nem pra propaganda de pano de chão. Errei em todas as esferas, e lidar com o meu fracasso ainda é uma nova.

Aquele tal mocinho é realmente o meu ideal. É meu espelho. Mas o nosso amor — guardadas as ocasiões atípicas — é daqueles que um irmão tem pela caçula. Ou o contrário.

Cortejo a solidão. Melhor companhia não há. Não me deixa, não sonha com o homem ideal, não fica feliz com uma boa noite de pernas enroscadas. Minha solidão se sabe consistente, firme. Nenhuma MENTIRA chega, me atinge.

Eu sou isso. Exatamente isso. Solidão, amor porejando, carência, intensidade, fidelidade, lealdade, compreensão. Sou ciúme discreto, sou daqui pra sempre, cansei de variar os sabores. De sorvete, de boca. Sou só isso: piscina funda, sol quente esperando fora, a promessa de uma relação até o fim. E que o fim seja cronológico, porque eu não aguento mais a variação dos gráficos, se de catálise, seja de Movimento Uniformemente Variado.

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Ouvindo One, do U2, eu sofri toda a condenação à qual fui fadada. Ré sem confissão, segredo sem confissão, confessa sem culpa. E eu NUNCA consegui esquecer. NUNCA.

Hoje não, porque dói e sangra. Mas amanhã, ou mais tarde — ou nunca — One voltará à pauta.

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Noite boa. Eu amo esse menino.

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