domingo, março 28, 2004

Vivendo um caso de amor arrebatador, fulminante, com o CPM 22.

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E uma daschund deitada na minha posição de lótus, rosanando para a outra que entrou na sala.

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Você não merece um grama do meu amor. Você é relapso, no seu mundo só existem você e os seus problemas. Não há espaço para uma conversa que não seja umbiguista. Eu cansei do seu egoísmo. Você nunca me deixou falar sobre as minhas razões. Você nunca soube o quanto doeu engolir calada tudo o que eu sentia, esperando uma brecha na sua vida para mendigar sua atenção. Ficava sentada, abanando o rabo, ciscando migalhas que caíam no chão, resto que ninguém quis.

Eu fiquei com a sua pior parte. O egoísta, o que nunca podia, "Faz silêncio um minuto pra eu atender ao telefone". Eu nunca tive o cara que todo mundo tem, que se desdobra pra ajudar um amigo. Eu sempre tive que me sujeitar à variação da sua maré. Era a sua lua que regia a minha vida. Eu sabia, e sei, de tanta coisa sobre você, coisas que nem os seus amigos mais próximos sabiam. Eu te conheço tão bem, sei o que te incomoda, o que te deixa puto, sei como são suas crises de mau humor e raiva.

Só que tudo na vida tem um limite, meu amor. Não é um rompimento, porque amor a gente não apaga nunca. É um basta. Nunca mais a idiota vai estar de plantão para você. Nunca mais me deixar magoar porque o telefone não tocou, porque a farra foi boa e eu, excluída dela. Você agora volta para a vala comum. Porque só as poucas pessoas especiais da minha vida me fazem de besta. Mas que aproveitem bem, porque um dia, sem o menor indício de tempestade, eu enfureço, esfrio, tiro a estrelinha dourada da frente do nome.

E é muito melhor não me enfrentar. Eu sou má. Sou ruim. E você bem sabe...

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