domingo, novembro 04, 2007

Mais lá que cá

O corpo voltou, mas a esta hora, o espírito está sentadinho num boteco bacana na Bara Ribeiro, tomando um chopp. E como aprendi: chopp COM PRESSÃO, por favor.

O.o

Voltar do Rio sempre é um drama. Gosto de Salvador, mas como sou feliz no Rio. Como amo aquela cidade, como amo cada meandro, cada sinuosidade, como amo cada esquina. Moraria lá feliz, Lourinha, eu, corpo, espírito e coração.

o.O

Família é uma coisa que não se escolhe. Mesmo. Se você tem um tio torto, uma tia doida, o jeito é esconder embaixo do tapete (eu escolheria a masmorra), e viver com este segredo pro resto da vida. Quem é mais assíduo neste botequim sem pretensões literárias, vai lembrar que família é uma coisa pela qual não me sinto obrigada a ser apaixonada. Sou doida por alguns primos, por alguns tios, mas por alguns outros a indiferença é que domina.

Eu descobri que tenho a sorte de não precisar escolher a família que gostaria de ter, porque eles já fazem parte dela. Conheci um segmento dos Henning Cardoso que fez valer a pena cada minuto com eles. E sem eles também, porque sinto uma saudade miserável depois que bateram asas e voaram.

Primos lindos, lindos mesmo, de corpo, caráter e alma, gente que me faz ter um baita orgulho de dividir com eles os mesmos bisavós. Fiquei com uma sensação doce-amarga que perdemos muito por não termos nos conhecido antes, muitos chopps e férias no eixo Rio-Salvador, mas que outros virão para aplacar esse binômio espaço-tempo que se interpôs entre nós.

O.o

E o Vi? Ah, o Vi é sempre o Vi que nos faz rir com as comparações entre nossos pais, irmãos separados por um ano apenas, e unidos pelo mesmo mar de maluquices.

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Mais um tempo no Rio e eu voltava curadíssima do Caboclo. A realidade é outra, caríssimos, e na impossibilidade de me apaixonar por quem eu realmente gostaria de me apaixonar, vou deixar o barco correr e ver onde a corrente me leva.

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