sábado, novembro 24, 2007

Put your hands into the fire

Eu vou. Vou porque está no sangue. Mas que estou louca de sono, ah, isso estou...

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Ele tira onda de durão, de árido, de triste.

Triste até pode ser. Mas é de uma sensibilidade que poucos acessaram até agora. O toque de delicadeza naquele mar de azedume é comparável a um toque de azul no transparente.

Ele pode não saber, mas o sabor residual que ele deixa na boca é ligeiramente adocicado. É doce a ponta daquele homem-iceberg, por quem não ousaria me apaixonar.

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E ao invés de dar pinta no Rio Vermelho, ontem fiquei foi em casa, sem babá, vendo Streets of Fire, e com o coração levinho de alegria pelo presente.

O.o


Repare bem no baterista, por favor. Tá vendo esses bracinhos fortes, com a manga do paletó arregaçada?* O nome disso é FE-TI-CHE.


A primeira cena do filme é daquelas que me fazem sentir orgulho de ter crescido nos anos 80. Ouve aí, Leitor de mais de 30, e me diz que não tem vontade de levantar e conquistar o mundo quando a música está no meio.

* Não tentem fazer isso em casa, sem a supervisão de adultos. Manga do paletó arregaçada aconteceu com sucesso pela última vez em 1984, ano do filme.

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Mais uma vez vou pasar o blog** a limpo para caçar evidências do Caboclo Gentil. Achei umas duas, não alterei ainda, e estou realmente na dúvida sobre isso. O cerco está apertando, e é uma história que não mais envolve só a ele e a mim. E de verdade? Só diz respeito a nós dois.

** Sem erros dessa vez!

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Eu sou capitã do Independentes Futebol Clube. Sou mesmo. Pago as minhas contas (algumas com certo atraso), sustento minha Lourinha (não sozinha ultimamente, já que se não fossem avó e tia, ela seria uma analfabeta sem saúde), vivo razoavelmente bem dentro do que ganho. Carrego peso, sei trocar pneu (pra que aprendi, sabe Deus, porque ainda não chegou o dia em que o médico me dirá: Vai e caminha. Está curada!), não tenho a boca mais limpinha que já vi numa mocinha (Né, Caboclo Agora Leitor?), ando sozinha noite afora.

Mas vou te dizer: ando muito de saco cheio da deselegância masculina em alguns quesitos, viu? E sabe como descobri? Quando em um mês conheci três Caboclos gentilíssimos, daqueles de abrir porta do carro, beijar a mão, dividir cigarro e drink, dizer amabilidades. De frente, vei o Caboclo Agora Leitor, trazendo a reboque o reencontrado Caboclo Gentil, e agora um terceiro ainda não alcunhado.

A contrapartida desses três presentes que a vida me deu (o último, inclusive, já foi chamado assim textualmente pelo meu amigo querido) são esses ciclopes sem educação que me esbarro dia após dia, noite após noite. Uns grossos, sem cavalheirismo, ogros caminhando pela civilização em fatiota de festa.

Por essas (e muitas, muitas outras) é que não há planos de casamento num futuro próximo para esta que vos fala.

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