quinta-feira, março 27, 2003

Rá! Tomei um antitérmico...

E estou toda gelada agora!

Hipotermia, pressão baixa ou sacanagem?

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Me dá colo? Só um pouquinho, só até a loucura da temperatura acabar e eu me sentir bem de novo... Por favorzinho... Se eu disser que amo você, não leve em consideração: não amo, não, é só carência — e/ou a febre, qualquer uma das desculpas tá valendo. E juro, juro que nego tudo amanhã, quando o sol te mostrar quem era a dama nos seus braços.

E além do mais, se eu disser que te amo, fico mais refém do que nunca; fica mais fácil de você continuar a me machucar. E você não precisa mais disso, né? Você não precisa mais me bater para me (se) flagelar.

Só por hoje, então, coloca a minha cabeça no seu peito, deixa eu ouvir seu coração, deixa eu sentir o cheiro da sua pele. Conversa comigo a noite toda, deixe a janela aberta, me faz feliz. Liga a televisão num canal chato, tira o som, fique com um olho em mim, outro nas imagens. Me conta qual o seu bicho preferido, se você gosta de comida mexicana, me prometa um suco de clorofila sem igual numa casa natural que só você conhece. Pelo menos dessa vez, me deixa dormir no seu ombro, com o nariz escondido no seu pescoço? Apanha o meu sonho com cuidado, me dá em troca uma estrela; mente, diz que me ama também.

Mente.
Só hoje.
Mente, diz que me ama também.

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